Ao ver o clipe da música de Pink Floyd, recordo-me das
palavras de Paulo Freire (1987), em Pedagogia do oprimido, principalmente no
que se refere à desumanização, processo mostrado no filme com muita clareza,
principalmente quando se remete à figura do aluno como nada mais do que um
tijolo na parede. Segundo Paulo Freire, a desumanização não é um destino, mas o
resultado de uma ordem injusta.
Que
ordem injusta seria essa? Sem o conhecimento de outras práticas educativas, as
pessoas que viviam na década de setenta do século XX poderiam não achar tal
ordem injusta, até mesmo pelo fato de só terem vivido situações similares. E o
que fazer? Culpar as pessoas, nós, que vivemos e crescemos numa escola como a
da música? Ao repintar esta escola retratada na música, trago a figura de
Tonnuci (1970) que também faz uma analogia da escola com uma máquina, e vai
mais adiante, a meu ver, insere um caminho para os alunos ditos “excluídos”,
àqueles que não servem para a sociedade, ou seja, não conseguem enquadrar-se no
padrão o qual “todos” deveriam seguir.
Como pensar em inclusão atualmente? Será ainda tão difícil?
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